Lisboa: 14 escolas não cumprem requisitos de qualidade do ar



O ar das salas de aula de 14 escolas primárias do ensino público da região de Lisboa está contaminado porque a ventilação é inadequada. A conclusão é de um estudo publicado na revista “Environmental Geochemistry and Healt” este mês.

O estudo detectou concentrações de dióxido de carbono três vezes superiores ao limite máximo imposto na legislação nacional, que é de 1800 mg/m2, o que indica que o parque escolar não tem equipamento de ventilação mecânica.

Foi também detectada uma concentração de microrganismos, como fungos e bactérias, acima do previsto na legislação, sendo que, no caso das bactérias, a concentração chega a ser 70 vezes superior ao que devia.

Paralelamente, foram ainda detectados níveis elevados de compostos orgânicos voláteis, químicos provenientes de pintura ou de ambientadores, com concentrações que chegam a ser três vezes superiores às detectadas no exterior.

“Conseguimos observar uma evolução das concentrações ao longo do dia, o que demonstra que há pouca sensibilização para o problema”, adiantou ao jornal i, que publicou a notícia, a co-autora do artigo, Priscilla Pegas.

Este estudo resulta de um projecto de investigação conjunto entre a Universidade de Aveiro, o Instituto Tecnológico e Nuclear e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

“Não considero que seja um cenário preocupante, mas é uma questão com a qual as pessoas devem começar a preocupar-se, mesmo em casa. Antes evitavam-se as zonas de grande poluição industrial, mas há grandes concentrações de poluentes nos espaços onde passamos 90% do nosso tempo”, conclui a responsável.





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