Lixo: a fonte mais promissora da segunda geração de biocombustíveis, segundo a própria indústria
O lixo que produzimos em casa ou no escritório é a mais promissora fonte da a segunda geração de biocombustíveis, segundo a conferência World Biofuels Markets, que decorre até amanhã em Roterdão, Holanda.
Segundo os produtores de biocombustíveis, a indústria está a procurar uma forma alternativa de produzir combustível verde, até porque as críticas à transformação de comida em gasolina não param de crescer.
Assim, o lixo pode ser uma alternativa muito interessante, com duas vertentes. Uma passa por desenterrar – literalmente – todo o lixo das lixeiras, uma técnica que está já a ser desenvolvida em alguns projectos. A outra é mais simples e tem por base todo o lixo que fazemos nas nossas casas e escritórios.
Quando questionados sobre qual será a fonte de biocombustíveis mais promissora para 2012, cerca de 100 executivos da indústria apontaram o lixo municipal (26%), as culturas não-alimentares (24%), as algas (21%) e os materiais de celuloses (16%).
Se em relação às culturas não-alimentares a comunidade científica divide-se; a utilização de algas como biocombustível, como sabemos, está ainda numa fase inicial, apesar dos fortes investimentos da Exxon-Mobil; e os materiais celulósicos tê poucos interessados, a grande esperança é o lixo.
Com o mercado global para combustíveis líquidos com tão poucas alternativas, os biocombustíveis deverão representar 25% de todos os combustíveis até 2030. O grande impulsionador desta indústria? Os crescentes preços os combustíveis fósseis, que levarão ao cada vez maior investimento em biocombustíveis nos próximos dez anos.
Mais: o preço dos combustíveis fósseis irá levar ao forte desenvolvimento das tecnologias de biocombustíveis… sem ajudas estatais, ou seja, será uma evolução orgânica da própria indústria. E isso só podem representar boas notícias para o desenvolvimento sustentável e economia verde (desde que não transformem comida e alimentos em combustíveis, claro).