“Lixo não é água”: Deco Proteste relança campanha para sensibilizar contra taxação incorreta dos resíduos urbanos
A Deco Proteste relançou a campanha ‘Lixo não é água’ com o intuito de juntar os portugueses num movimento que exige a alteração da tarifa de resíduos sólidos urbanos (RSU).
Três anos após o lançamento da Campanha ’Lixo não é água’, a gestão de RSU em Portugal permanece inalterada na maioria dos municípios, mantendo-se indexada ao consumo de água. Segundo a Deco Proteste, este modelo penaliza claramente os cidadãos ambientalmente mais responsáveis, e descura o incentivo à reciclagem e à redução de resíduos.
Em comunicado a Deco Proteste indica que “a taxação atual é feita com base nos m3 de água gastos, o que não tem nenhum tipo de correlação com o desperdício de cada agregado familiar, nem valoriza quem recicla os seus resíduos.”
Como alternativa, a DECO PROTESTE propõe a aplicação do princípio do poluidor-pagador (PAYT, no acrónimo inglês de ‘Pay as you Throw’), que fundamenta o valor da taxa de resíduos sólidos urbanos na exata porção de resíduos produzidos por cada cidadão, e quer sensibilizar o Parlamento para a necessidade de alteração do atual modelo de cobrança e para a criação dos mecanismos financeiros indispensáveis para a sua implementação.
A primeira vaga desta campanha da DECO PROTESTE esbarrou na ausência de obrigatoriedade para a definição de um modelo alternativo ao atual, e na falta de verbas da esmagadora maioria das autarquias, impedindo a implementação a prazo desta solução.
O novo movimento da DECO PROTESTE está disponível em www.lixosemagua.pt e a organização convida todos os portugueses a informarem-se e a apoiar esta iniciativa.
Sobre o sistema “Pay as you Throw”
Os sistemas “Pay-As-You-Throw” (PAYT), constituem um claro incentivo para os cidadãos, por via financeira, para promover a separação na origem e aumentar as taxas de recolha seletiva. É portanto um método mais justo que promove a redução da fração indiferenciada produzida por cada cidadão e o aumento da separação dos resíduos valorizáveis. Os munícipes irão pagar os serviços de RSU de acordo com a quantidade de resíduos que produzirem, estando portanto sobre o lema “ Quanto mais poluir, mais paga”