Londres: novas luzes LED provocam insónias aos moradores (com FOTOS)

Um projecto de vários milhões de euros para substituir a iluminação de rua tradicional por LED em Chiswick, oeste de Londres, está a levar os residentes deste bairro a reclamar da luminosidade da nova iluminação. Segundo a imprensa britânica, que cita vários dos habitantes da zona, o cenário é idêntico a “viver num estádio de futebol”.

As luzes, com uma luminosidade intensa, foram instaladas em 2013 para melhorar a visibilidade das ruas – e ajudar a poupar algum dinheiro. Mas se este objectivo terá sido conseguido, a luminosidade é tanta que chega ao interior das casas, provocando noites de insónias a centenas de residentes.

As luzes são mais eficientes, usam menos electricidade e proporcionam uma luminosidade mais direccionada, o que significa menos poluição. Mas não estão a ajudar quem precisa de dormir.

“A luz entra de lado, pelas persianas. É um grande foco que nos bate na cara quando tentamos relaxar com a família, à noite. Tivemos que comprar um cartão preto e colocar na janela. Um pouco como se fazia na Segunda Guerra Mundial”, explicou Kristina Fearnley.

De acordo com Colin Ellar, adjunto do responsável pela gestão do bairro, há pessoas que não conseguem dormir, mas a maioria está contente com esta opção. “É possível diminuir a luminosidade e vamos começar a fazê-lo, como testes, nos próximos tempos”, explicou.

“Mas as novas luzes ajudam a poupar energia, a poupar o dinheiro dos contribuintes e têm ajudado a polícia na luta contra o crime”, continuou.

As novas luzes fazem parte de um projecto global de €970 milhões (R$ 2,9 mil milhões) para renovar as ruas de Hounslow, da qual faz parte o bairro de Chiswick.

A maioria das cidades portuguesas – e não só – ainda não fizeram a transição para o LED, mas é apenas uma questão de anos para tal acontecer. Acredita que, tal como em Chiswick. ficaremos reféns desta luminosidade exagerada? Parece uma ironia típica da série Seinfeld – veja as últimas fotos da galeria, que retratam o episódio The Chicken Roaster, onde surgiu o mesmo problema – mas a realidade pode ser bem menos engraçada que a sitcom norte-americana.

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