Luta pelo Rio Sado continua. Queixa contra Portugal deverá seguir para Comissão Europeia



Não são só associações ambientais e cidadãos privados a lutar pela preservação do Rio Sado. Na luta contra as dragagens que ameaçam a ecologia local, junta-se agora o Grupo Pestana em articulação com outros hoteleiros da Península de Troia, numa coligação com a associação ambientalista ZERO e Cooperativa de Pescas de Setúbal.

Segundo o jornal Expresso, José Roquette, do Pestana Hotel Group disse que “já estamos a consultar advogados e especialistas. Todos os projetos turísticos da região foram alvo de avaliações ambientais muito exigentes e agora vemos este processo, gerido na sombra, ser aprovado atropelando as regras ambientais.”

O empresário lembra que o turismo na região depende do património natural que fica, agora, ameaçado pelo projeto de dragar o leito do Rio Sado para permitir a entrada a embarcações de maior porte.

O Governo, por seu lado, invoca o aumento da competitividade do Porto de Setúbal como argumento para avançar com uma obra apesar dos avisos sobre as consequências ambientais.

Entre as consequências da obra presentes na Declaração de Impacte Ambiental da retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de áreas do leito do Rio Sado, contam-se o ruido que afetará a comunidade de golfinhos e a erosão das praias da região. Os golfinhos correm mesmo risco de extinção na área devido ao facto de a comunidade local ser muito pequena.

As várias entidades que neste momento lutam pela preservação do Rio Sado vão fazer queixa à Comissão Europeia contra o Governo Português por não estar a respeitar a legislação europeia da Rede Natura 2000, cujo objetivo é proteger o meio ambiente.





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