Macau: depois do tufão, o que fazer com tanto lixo?
Segundo a Companhia de Sistemas de Resíduos (CSR) de Macau já foram recolhidas mais de 11 mil toneladas de lixo desde a passagem do tufão Hato, há uma semana, alerta a Lusa citada em vários meios.
Trata-se de um problema enorme de gestão de resíduos para a CSR, que conta com mais de 700 trabalhadores, mas que contratou empregados adicionais e alugou novos veículos para fazer face ao desastre natural. Os trabalhos de limpeza contam ainda com a participação de 1000 soldadosdo Exército de Libertação do Povo, estacionados em Macau, sobretudo na remoção dos resíduos e detritos.
As dificuldades relacionadas com o processamento do lixo verificam-se em toda a linha, da recolha, ao transporte até ao tratamento, até porque, refere a empresa em comunicado, “ainda se vê muito lixo a ser despejado pelos lojistas e residentes dentro e à volta dos contentores, como por exemplo na Rua Praia do Manduco, perto do Templo de A-Ma, na Barra.” A CSR montou 40 novos pontos de recolha de resíduos, mas a estratégia da empresa para oo tratamento passa exclusivamente por “entregar no incinerador tudo o que pode ser queimado, caso contrário vai para o aterro”.
O tufão Hato provocou dez mortos e mais de 240 feridos em Macau, causou grandes inundações, sobretudo nas zonas do Porto Interior e da Barra. Quatro dias dias depois o antigo território português foi ainda atingido pela tempestade tropical Pakhar, o que complicou ainda mais os trabalhos de limpeza. A empresa refere ainda que mesmo em situações normais, Macau tem um sério problema de lixo, “porque os cidadãos também não respeitam as regras” mas que o problema atingiu agora proporções gigantescas.
Foto: Cco Public Domain