Maguilla: A fêmea de lince-ibérico que fez de Castelo Branco a sua casa



A Maguilla é uma fêmea de lince-ibérico (Lynx pardinus) que nasceu em 2015 no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI), em Silves, e que, um ano depois, foi libertada em Matachel, na região da Estremadura, em Espanha.

No entanto, desde 2017 que os especialistas, quer do lado português, quer do lado espanhol, desconheciam o paradeiro do animal, depois de ter perdido a sua coleira de geolocalização. Mas dois anos depois, em 2019, foram recolhidas fotografias de um lince que rumava por Alcains, no concelho de Castelo Branco.

Foto de Maguilla, a fêmea de lince-ibérico que escolheu Alcains, em Castelo Branco, como lar, captada por aparelhos de foto-armadilhagem do ICNF.
Foto: ICNF

Através da análise dos padrões da pelagem, únicos de cada indivíduo, foi possível confirmar que se tratava de Maguilla, que teria regressado ao país onde nascera. O local que a fêmea escolheu para se instalar terá as condições ideias, com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a explicar, em comunicado, que se trata de uma “área pequena”, mas que “possui uma densidade elevada de coelho-bravo, presa preferencial do lince-ibérico”.

Além disso, “[a]presenta também formações graníticas que podem ser usadas como refúgio ou abrigo”, adianta a mesma fonte.

A fêmea nasceu no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI), em Silves, em 2015. Um ano depois foi libertada na Estremadura, mas perderam-lhe o rasto. Em 2019, voltou a reaparecer, desta vez em Castelo Branco, onde permanece desde então.
Foto: ICNF

No âmbito das ações de acompanhamento dos exemplares de lince-ibérico em território nacional, os dispositivos de foto-armadilhagem do ICNF conseguiram captar, no passado dia 25 de março, as mais recentes fotografias da fêmea Maguilla, que deambulava à noite por áreas florestadas em Alcains.

“Apesar de os especialistas, que no ICNF trabalham há décadas na recuperação do Lince-ibérico em Portugal, não acalentarem muitas esperanças de que este território em concreto venha, no curto prazo, a ter condições de acolher uma subpopulação viável, a natureza nunca para de nos surpreender e, por vezes, o que parece impossível, acontece!”, salienta o ICNF.





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