Mais de 10 detidos em Seul em protesto contra descargas de Fukushima



Mais de 10 pessoas foram detidas por tentarem entrar na embaixada japonesa em Seul, na Coreia do Sul, durante uma manifestação para denunciar a descarga de água de Fukushima no mar, informou hoje a polícia local.

Um pequeno grupo de manifestantes reuniu-se em frente à embaixada, segurando cartazes nos quais se podia ler: “O oceano não é a lata de lixo do Japão”.

Por sua vez, a agência sul-coreana Yonhap indica que 16 pessoas, todas estudantes universitárias, foram detidas por esta tentativa de intrusão.

Outros manifestantes foram dispersos e a polícia restringiu o acesso ao edifício que alberga a embaixada pouco depois deste incidente.

Seul apoiou publicamente a decisão de Tóquio de descarregar água contaminada da central nuclear danificada de Fukushima a partir de hoje.

“Apelo ao governo japonês para que publique informações sobre lançamentos de forma transparente e responsável durante os próximos 30 anos”, disse hoje o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo.

Na quinta-feira, as autoridades japonesas ativaram bombas e válvulas para uma primeira descarga.

A companhia de eletricidade Tokyo Electric Power (Tepco) tenta desde março de 2011 fazer face às consequências do acidente que se produziu na sua central nuclear Fukushima Daiichi (220 quilómetros a nordeste de Tóquio), danificada por um sismo e um tsunami.

O maior problema que enfrenta desde há semanas consiste em impedir a água subterrânea contaminada pela forte radioatividade do local de fugir para o Oceano Pacífico.

Confrontada com falta de meios de tratamento, armazenagem e confinamento desta água, a Tepco reconheceu no final de julho, pela primeira vez, que parte da água estava a ser despejada no mar.





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