Mais de 25 mil espécies em risco de extinção como consequência da acção humana



25.821: é este o impressionante número de espécies em risco de extinção como consequência da acção humana, segundo a mais recente actualização da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Portugal surge na lista com 338 espécies em perigo de desaparecer.

Divulgada no passado dia 5 de Dezembro, a lista que anualmente dá a conhecer as espécies mais ameaçadas revela especial preocupação com as consequências que a produção agrícola intensiva está a provocar na biodiversidade do nosso planeta. Há já várias espécies de culturas selvagens, caso do arroz e trigo, em sérias dificuldades como consequência directa da desflorestação, expansão urbana e agricultura intensiva.

Também a sobrepesca e as más praticas associadas a esta actividade preocupam este organismo, que alerta que estas movimentos estão a ameaçar espécies icónicas do mar, como os golfinhos. Presos em redes de pesca com cada vez mais frequência, os golfinhos do Irrawaddy (Orcaella brevirostris) e do boto-do-índico (Neophocaena asiaeorientalis) estão especialmente vulneráveis, com o seu estatuto a passar de vulnerável para em perigo.

Do ponto de vista geográfico, a Indonésia lidera a Lista Vermelha da UICN, com 863 espécies de animais sob ameaça. Segue-se Madagáscar (746), Índia (675), Malásia (557) e as Filipinas (550). Pela Europa, Grécia e Espanha surgem ambas com 430 espécies sob sérias ameaças.

Portugal não escapa a ver o seu nome nesta triste lista, com 338 espécies ameaçadas (96 plantas e 239 animais) no nosso país. No que diz respeito às plantas, Portugal tem já uma espécie extinta, 26 criticamente em perigo, 34 em perigo e 36 vulneráveis. Quanto aos animais, há duas espécies já extintas, 70 criticamente em perigo, 53 em perigo e 116 vulneráveis.

Foto: via Creative Commons 





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