Mais de metade dos portugueses gostaria de viver fora da cidade
A maioria dos portugueses gostaria de viver fora da cidade, de acordo com um estudo da Bloom Consulting que procurou fazer uma análise às tendências migratórias nos principais centros urbanos portugueses.
De acordo com o estudo, o elevado custo de vida é o principal motivo que levaria os cidadãos portugueses a migrar para o campo – 18% dos questionados assim responderam. Seguem-se razões como a chegada da reforma – 13% -, o congestionamento automóvel – 11% -, a insatisfação com o emprego – 9% – e a alteração no número de elementos do agregado – 6%.
“Os resultados do relatório são bastante claros relativamente à importância que o interior pode voltara ter”, explicou Filipe Roquette, director-geral da Bloom Consulting. “As respostas recolhidas mostram uma inversão da tendência da antiga e pesada migração rural para uma onda de migração urbana”, continuou.
“Embora com escalas diferentes, será, sem dúvida, um fenómeno a ter em conta nas decisões estratégicas, não só a nível local, mas global”, concluiu o responsável.
Para a maioria dos inquiridos, sair da cidade é uma opção: agora ou mais tarde, 58% dos entrevistados gostaria de o fazer.
A proximidade com a natureza é o principal motivo para uma mudança para o meio rural, com 19% das respostas. Seguem-se o estilo de vida fora da cidade e o menor custo de vida, ambos com 15% das escolhas.
Para 10% dos inquiridos, um melhor emprego seria o motivo, o mesmo número de pessoas que se mudaria para o meio rural para ter o tipo de habitação pretendida.
O início de um novo projecto seria outra das justificações (7%), bem como a chegada da reforma (7%). Seguem-se a vontade de viver junto de familiares (6%), a alteração do número de elementos no agregado familiar (5%) e a familiaridade com o novo local (5%), entre outros.
Foto: Alentejo, Miguel Virkkunen Carvalho / Creative Commons