Mais de metade dos profissionais de marketing reconhece que a sustentabilidade é cada vez mais uma prioridade empresarial
Para apoiar os profissionais de marketing que procuram atualizar as suas competências e conhecimentos com os mais recentes conselhos e notícias do panorama do marketing sustentável, o Chartered Institute of Marketing (CIM) lançou uma versão atualizada do “The Sustainability Marketing Skills Gap Report para 2023”.
O relatório revela que dois em cada cinco (40%) dos 210 especialistas em marketing que responderam ao inquérito, que também explorou os pontos de vista de 2.000 adultos e de alguns profissionais do CIM, afirmaram que “não têm atualmente qualificações de marketing relacionadas com a sustentabilidade, mas, promissoramente, gostariam de as ter”.
Além disso, mais de metade (55%) reconheceu que a sustentabilidade é cada vez mais uma prioridade empresarial, apesar de em cada dois (51%) afirmar que esta poderia ameaçar seus negócios.
49% receia campanhas de ambiente por possíveis acusações de Greenwashing
Quase metade dos profissionais de marketing (49%) diz não ter a certeza de querer trabalhar em mensagens de sustentabilidade, manifestando receio de trabalhar em campanhas centradas no ambiente devido ao medo de reações negativas por Greenwashing
Apesar disso, mais de três quartos dos profissionais de marketing (76%) afirma ter-se envolvido em alguma forma de trabalho de sustentabilidade nos últimos cinco anos.
A necessidade de as marcas transmitirem corretamente as suas mensagens de sustentabilidade é cada vez mais importante, com 63% dos adultos a concordarem que as marcas devem aumentar a comunicação sobre a sustentabilidade dos seus produtos e serviços.
“Como profissionais de marketing, somos todos responsáveis por sermos proactivos na implementação de mudanças positivas e na adoção de práticas de trabalho amigas do ambiente”, afirma Chris Daly, CEO do Chartered Institute of Marketing.
“Se a profissão de marketing pretende produzir mudanças significativas e tangíveis em grande escala, então, enquanto sector, temos de fazer mais para colmatar a lacuna de competências em matéria de sustentabilidade e garantir que os profissionais de marketing estão equipados com as competências de que necessitam para trabalhar com confiança em campanhas ambientais que possam encorajar os outros e impulsionar as mudanças comportamentais positivas e responsáveis necessárias na sociedade”, acrescenta.
Para o CEO do Chartered Institute of Marketing “ignorar a crise ambiental não é uma opção, e o novo relatório da CIM sobre a lacuna de competências em marketing de sustentabilidade mostra que os profissionais de marketing e as empresas que optam por fazê-lo correm o risco de ficar para trás nas suas próprias carreiras e de perder uma das maiores oportunidades que se avizinham”.
Sustentabilidade da marca é importante para compras de pessoas dos 18 aos 34 anos
“Os profissionais de marketing precisam de utilizar as suas competências únicas para influenciar, mudar comportamentos, impulsionar a inovação e construir comunidades onde a ação coletiva faça uma verdadeira diferença”, alerta Chris Daly.
Uma ideia que ganha maior importância tendo em conta que 59% das pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos deixam que as suas compras sejam ditadas pelo grau de sustentabilidade de uma marca, contra apenas 31% das pessoas com 55 anos ou mais.
O objetivo do relatório é deixar recomendações que ajudem os profissionais de marketing a “sentirem-se confiantes para aumentar a comunicação das suas empresas em torno dos esforços de sustentabilidade e responder à exigência dos consumidores de verem mais ações das empresas em matéria de sustentabilidade”.
“As alterações climáticas são complexas e o caminho a percorrer será um desafio. Os profissionais de marketing terão de aprender, adaptar-se e evoluir num cenário em constante mudança, mas na CIM estamos confiantes de que os indivíduos talentosos do sector do marketing irão impulsionar e apoiar modelos de negócio mais ecológicos que dão aos consumidores o poder de fazer escolhas mais sustentáveis”, conclui.