Mantinhas de burel de Manteigas são sucesso no Japão (com VÍDEO)



O burel, material com 100% de lã, foi durante décadas o têxtil por excelência para gerações e gerações de serranos e outros portugueses. Com origem na Serra da Estrela, ela era usado para proteger as populações do frio, dando algum conforto, por exemplo, aos pastores da região. Pensa-se, inclusive, que o nome Manteiga virá das mantas e mantinhas feitas a partir desta matéria-prima.

Hoje, o burel volta a estar na moda e há empresas, como a Ecolã, de Manteigas, que estão a inovar no fabrico de acessórios e roupa em burel. “O burel é um tecido feito com lã – tem de ser lã bordaleira Serra da Estrela -, é tecido no tear com as características inerentes – o ser impermeável e quente”, explica João Clara, da Ecolã.

Segundo o responsável, durante décadas as pessoas dos arredores vinham ao lugar das mantas e mantecas. O nome Manteigas surge assim.

Várias décadas depois, o burel chegou ao Japão – e com bastante sucesso. “Sentimo-nos muito contentes. Os japoneses ficaram quase como uma criança quando vê uma coisa diferente, dizem que é aquilo exactamente que eles queriam”, explica.

A surpresa do interesse japonês surgiu há quatro anos e, desde então, todos os anos as vendas aumentam. A Ecolã exporta mantas, cobertores, roupas, acessórios, malas, chapéus e casacos, para homem e mulher.

Para aproveitar as sobras do burel, a Ecolã contratou uma colaboradora que se dedica, exclusivamente, ao fabrico de chinelos e acessórios. Para que nada se perca no caminho para a sustentabilidade – a social, ambiental e económica.

Veja o episódio 99 do Economia Verde.





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