Manto de gelo da Gronelândia está a derreter muito mais depressa do que se pensava



Até há poucos dias os cientistas estavam convictos que a Gronelândia estava a sofrer o degelo a uma velocidade de 275 mil milhões de quilos de gelo por ano. Novas pesquisas publicadas na revista Science Advances esta semana mostram que a realidade é bem pior do que se julgava.

Os cientistas estimam a perda de gelo com base em imagens de satélite que mostram as mudanças na superfície da Terra, combinadas com alguns cálculos utilizados para compensar “ajuste isostático glacial”, um fenómeno onde a crosta terrestre se levanta depois de grandes quantidades de gelo terem derretido.

No estudo agora publicado, uma equipa de cientistas usou uma rede de sensores de GPS para tentar precisar com mais exactidão a rapidez com que a Terra está a recuperar destas perdas. A equipa chegou assim à conclusão que o anterior método de compensação não era o mais correcto, estando inclusive a subestimar o degelo em valores que ascendem aos 20 milhões de toneladas de gelo por ano. Na verdade, a Gronelândia está a ter perdas muito superiores ao que se julgava, em média perto de 295 milhões de toneladas de gelo perdidas entre 2003 e 2013.

Embora para os menos entendidos esta diferença de valores pareça não ser assim tão significativa, estes valores têm um impacto directo na subida dos níveis do mar. Calcular com a máxima precisão os valores de perda de gelo é um factor chave na previsão dos efeitos das alterações climáticas a longo prazo.

Foto: Alister Doyle





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