Máquina de venda de t-shirts revela aos consumidores o custo real da moda barata (com FOTOS)



Várias são as marcas que produzem as suas peças de vestuário em países estrangeiros, principalmente asiáticos. Índia, China ou Bangladesh são alguns dos países com maior produção têxtil. O Bangladesh, por exemplo, aparece como um ponto negro no mapa da fabricação de roupa, desde as marcas mais baratas às marcas de luxo. A 24 de Abril de 2013, o país foi notícia quando o edifício Rana Plaza desabou e matou mais de 1.000 trabalhadores têxteis, expondo as condições de um trabalho precário.

Mas qual é o consumidor que não se deixa aliciar por uma boa pechincha e ainda mais se for da moda, como uma t-shirt a €2? Foi a partir deste fenómeno da febre da roupa barata que a Fashion Revolution, organização que realiza campanhas para alertar para as condições em que as roupas baratas são produzidas, criou uma campanha que se está a tornar viral.

A Fashion Revolution decidiu instalar uma máquina de venda automática de t-shirts por €2 numa praça em Berlim. Para adquirir a peça de roupa basta introduzir uma moeda, escolher o tamanho e a t-shirt sai da máquina para a sua mão.

O conceito parece simples mas, na prática, o processo é ligeiramente diferente. Segudo escreve o Ecouterre, depois de escolher o tamanho, o ecrã à frente do consumidor mostra-lhe a vida de Manisha, uma rapariga que trabalha 16 horas por dia e ganha 13 cêntimos por hora. No final do vídeo, que tem por objectivo consciencializar para a exploração a que são sujeitos os trabalhadores que fazem a roupa que milhares de pessoas vestem, aparece uma pergunta com duas respostas. Ou o consumidor decide comprar a t-shirt ou decide que aqueles €2 devem reverter para ajudar a combater estas práticas de exploração laboral.

Manisha é a personificação de milhares de pessoas que trabalham horas a fio para sustentar um sistema que aos consumidores custa pouco, muito beneficia as empresas mas pouco ou nada sustenta a vida das pessoas que nele trabalham.

Veja aqui o vídeo dos consumidores quando confrontados com a realidade de Manisha e muitos outros trabalhadores.

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