Mares mais quentes estão a tornar os peixes mais pequenos



Nas últimas quatro décadas, as espécies do Mar do Norte diminuíram em tamanho cerca de 29% e os cientistas acreditam que o aumento das temperaturas possa ser o factor que está a desencadear a diminuição do tamanho dos peixes.

Os investigadores concluíram que o tamanho máximo do eglefim, arenque, abrótea, solha, linguado e faneca diminuiu cerca de 29% ao longo dos últimos 38 anos, ao mesmo tempo que as temperaturas no Mar do Norte aumentaram entre um a dois graus Celsius.

Os cientistas da Universidade de Aberdeen, na Escócia, indicam também que a disponibilidade de alimento e o aumento da pesca podem ser factores plausíveis para a diminuição do tamanho. Mas, a diminuição “sincronizada” do tamanho em várias espécies de peixe levam os investigadores a acreditar que o aumento da temperatura das águas é o factor que está a tornar os peixes mais pequenos.

“A nossa análise indica que a maior parte das espécies de peixes analisadas experimentaram uma redução de tamanho sincronizada ao longo do período analisado”, refere Alan Baudron, investigador que liderou o estudo. “O que é interessante é que a diminuição foi observada numa vasta gama de espécies que têm dietas diferentes, vivem a profundidades diferentes e experienciam níveis diferentes de mortalidade causados pela pesca”, acrescenta.

De acordo com os investigadores, referidos pelo Guardian, águas mais quentes fazem os peixes amadurecerem mais depressa, o que faz que não cresçam tanto. “O período de redução do tamanho máximo coincidiu com anos em que as temperaturas das águas do Mar do Norte aumentaram”, afirmou Baudron.

Foto: Derek Keats / Creative Commons





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