Matosinhos inicia recolha de resíduos orgânicos estimando abranger 35 mil pessoas
A Câmara Municipal de Matosinhos iniciou a recolha seletiva de resíduos orgânicos (restos de comida) em prédios, projeto que abrangerá cerca de 16 mil habitações e 35 mil pessoas.
Este projeto visa a recolha de resíduos alimentares domésticos em habitações, estando excluídos deste cafés e restaurantes dado que, para estes estabelecimentos comerciais, a autarquia tem já disponíveis circuitos de recolha de porta-a-porta, explicou, em comunicado.
Aos interessados em fazer parte desta iniciativa é distribuído um balde de 10 litros e um cartão de acesso ao equipamento instalado na via pública para depositar esses mesmos resíduos, referiu a câmara.
Uma equipa da câmara estará diariamente no terreno a sensibilizar os munícipes para este projeto e a importância da sua adesão ao mesmo.
“Além da ação direta porta-a-porta, a campanha de sensibilização inclui o fornecimento de diversos materiais, a criação de um microsite com informação sobre o projeto e um filme/vídeo de ativação do projeto”, frisou.
Com um investimento de 998 mil euros financiados por fundos europeus, esta recolha seletiva arrancou nesta primeira fase na freguesia de Leça da Palmeira e será, depois, alargada à da Senhora da Hora e São Mamede Infesta.
A próxima fase do projeto prevê o alargamento desta recolha a todo o concelho do distrito do Porto, ressalvou.
“Com este projeto, o município de Matosinhos reforça o seu compromisso na valorização do resíduo como um recurso e na correta separação e valorização da fração alimentar dos nossos resíduos”, frisou.
Na nota de informação, a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro, realçou que os primeiros projetos de recolha seletiva de resíduos orgânicos em grandes produtores foram implementados em Matosinhos há mais de 10 anos, sendo uma das “principais referências e boas práticas” na gestão deste fluxo a nível nacional e internacional.
A transformação dos resíduos em composto é realizada na central de compostagem da Lipor, podendo o mesmo ser utilizado nas hortas biológicas das cidades ou em grandes produções que produzem alimentos.