McDonald’s vai limitar uso de antibióticos em frangos



A célebre cadeia de fast food norte-americana está a planear reduzir o uso de antibióticos em frangos em todos os mercados mundiais, a partir de 2018.

A medida, anunciada esta terça-feira insere-se no âmbito dos esforços para conter a resistência a este tipo de medicamentos nos seres humanos, assim como o surgimento de superbactérias mortais, tendo já tomado medidas semelhantes nos Estados Unidos desde o ano passado.

Ainda assim, segundo o divulgado pela agência France Press (AFP), este plano global será menos ambicioso do que o implementado nos Estados Unidos, uma vez que trata apenas de antibióticos da importância considerada mais crucial pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a medicina humana, denominados de HPCIAs.

A avicultura intensiva e o aumento do número de doenças levaram os agricultores a usarem um número crescente de antibióticos para evitar que germes de contaminação matassem os animais. Este uso intensivo criou germes em aves de capoeira que apresentam resistência aos antibióticos. Como consequência, ONGs e organizações de saúde acreditam que o uso de antibióticos, que também permite que os animais cresçam mais rapidamente, diminui o efeito dessas drogas quando utilizadas na medicina humana.

Em 2018, a McDonald’s pretende que estes fármacos sejam eliminados da criação de aves no Brasil, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Europa. A excepção será para o antibiótico colistina na Europa. Essa política incluirá a Austrália e Rússia até 2019, quando a colistina na Europa for gradualmente eliminada. Em 2027, a medida também se aplicará na China.

De acordo com um relatório encomendado pelo governo britânico divulgado no ano passado, as chamadas superbactérias irão matar uma pessoa a cada três segundos em 2050 se medidas não forem tomadas imediatamente.

Foto: Wiki Commons





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