Meias equipadas com sensores podem salvar pé diabético
O Instituto Fraunhofer para a Pesquisa de Silicato, na Alemanha, desenvolveu uma meias que nos ajudam a perceber se estamos a deixar de sentir os pés, o que pode ser importante para quem é diabético, mas também para os que não o são.
Estas meias ajudam-nos a perceber se é altura para mudarmos alguma da pressão de um pé para o outro, ou de partes específicas do pé para outras, evitando dores crónicas que podem levar, em último caso, a amputações. E ainda que já existam palmilhas com as mesmas funções, o instituto alemão afirma que estas meias são a melhor solução.
Cada protótipo é feito de duas camadas de algodão e tecido sintético respirável, separadas por uma película de silicone elástica. Ambos os lados da película são revestidos com um total de 40 eléctrodos dielétricos flexíveis feitos de grafite ou carbono preto. Um módulo electrónico encontra-se ligado à extremidade da meia, que deverá ter a forma de uma unidade removível do tamanho de um botão, na sua versão comercial.
Quando a pressão é aplicada a uma parte do pé, a área de silicone é pressionada e torna-se mais fina, aumentado a área da sua superfície. Isto leva ao aumento da capacitação eléctrica dessa área. Através dos fios condutores que conduzem ao sensor, o módulo electrónico detecta a mudança e alerta o utilizador, enviado uma mensagem para o seu telemóvel.
Os sensores encontram-se localizados ao lado da sola, calcanhar, tornozelo e parte de cima do pé. Segundo o Instituto Fraunhofer, isto permite leituras a três dimensões, ao contrário das palmilhas já existentes, cujas leituras apenas se aplicam à sola do pé.
Segundo o Gizmag, a versão final da meia será lavável, pelo que os módulos electrónicos deverão ser retirados temporariamente pelos utilizadores. As meias devem ser utilizadas não só por diabéticos mas também por atletas que queiram analisar o seu estilo de corrida e posicionamento do pé. Cada par de meias custará €250. Caro? Sim, mas por uma boa razão.