Meios digitais ajudam agricultores a evitar desperdício alimentar
Um terço de todos os alimentos produzidos não chega à mesa dos consumidores, de acordo com a ONU. Mas uma quinta na Califórnia, Estados Unidos, está a usar os média sociais como forma de tentar reduzir o desperdício alimentar.
Nick Papadopoulos, general manager da Bloomfield Farms, estava cada vez mais frustrado por ver os seus empregados regressarem repetidamente de um fim-de-semana de mercado com mercadoria por vender – produtos de grande qualidade que se iriam estragar antes do próximo dia de vendas.
O seu plano foi então passar a fornecer os alimentos com um grande desconto, espalhando a palavra através do Facebook da quinta nas noites de domingo. As oportunidades eram acessíveis a qualquer pessoa presente na rede social. Numa semana, os legumes foram comprados por um grupo de habitantes de uma comunidade vizinha. Noutra semana, foi a vez de um grupo de amigos.
Berry Smith Salinas, que mora nas proximidades e é dono de uma empresa de comida gourmet local, é uma das pessoas que tira proveito destes descontos em legumes orgânicos e ervas.
O último censos agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos descobriu que mais da metade das pequenas quintas da Califórnia não têm lucro. Encorajado pelo sucesso das suas publicações no Facebook, Papadopoulos recrutou uma equipa web responsável por criar um site, o CropMobster, onde as pessoas podem comprar os excedentes de produtos locais biológicos.
O site foi publicado em Março e, desde então, já evitou que se estragassem mais de 20 mil Kg de alimentos.
Um estudo recente descobriu que, dependendo das condições meteorológicas e da procura, até 30% das culturas frescas cultivadas nos EUA não seguem para o mercado. Felizmente, começam a surgir soluções para contornar esta tendência.
Uma empresa com sede em São Francisco está também a trabalhar com uma rede de supermercados, de modo a vender por um preço mais barato produtos em excelente estado mas que não atendem aos padrões de tamanho e qualidade exigidos pelas cadeias de lojas.