Jovem de 18 anos cria algoritmo capaz de diagnosticar leucemia
Uma jovem norte-americana de 18 anos, Brittany Wenger, desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista, uma das formas mais agressivas e menos detectáveis da doença já catalogadas pela medicina.
Wenger criou uma rede neural artificial que detecta determinados padrões na expressão genética dos pacientes. Ao analisar características específicas como tamanho, forma e espessura das células, o algoritmo pode dizer se a pessoa tem leucemia ou não.”Diferentes tipos de cancro têm diferentes impressões digitais moleculares”, explicou a jovem ao Mashable.
A pesquisa que deu origem à nova ferramenta começou há três anos, tinha Brittany 15 anos. Tudo começou quando a sua prima foi diagnosticada com cancro da mama. Então, Wenger decidiu juntar os seus conhecimentos de programação para ajudar na melhor detecção da doença.
Para isso, ela analisou padrões genéticos para identificar que aspectos estavam presentes em células cancerígenas. Este trabalho específico rendeu a Wenger um prémio de €7,3 mil (R$20,4 mil), pago pelo Google em 2012. Aí, ela procurou uma solução similar para a leucemia.
A plataforma foi criada para que o algoritmo ficasse ao alcance dos médicos. Nela, o especialista preenche um breve formulário sobre os aspectos de uma amostra celular previamente recolhida e recebe, na hora, o diagnóstico sobre o câncro da mama.
Os números do trabalho são animadores. A ferramenta identificou cerca de 99% dos casos de cancro avaliados – índice de sucesso 5% acima do oferecido por outros métodos disponíveis no mercado. Ao todo, mais de 7 milhões de testes já foram realizados com o algoritmo em três anos.