Metade da população mundial respira ar poluído, indica um novo estudo



 

Metade da população do planeta está exposta ao aumento da poluição do ar, de acordo com uma investigação da Universidade de Exeter no Reino Unido, publicada nesta quarta-feira na revista Nature Climate and Atmospheric Science.

O estudo, realizado em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), constatou que este problema constitui uma ameaça para a saúde pública, sendo que em diversas áreas do planeta esta é uma ameaça em crescimento.

A equipa de investigadores, liderada pelo professor Gavin Shaddick, da Universidade de Exeter, conseguiu demonstrar o aumento dos níveis de poluição aos quais grandes setores da população mundial estão expostos.

Shaddick observou não é simples quantificar concretamente os resultados de políticas implementadas, mas enfatizou que analisar em conjunto estas políticas com as tendências globais, regionais e locais na poluição do ar “pode ​​fornecer informações essenciais” para projetar e acompanhar ações futuras. .

Os cientistas utilizaram dados de análise do solo junto com informações fornecidas por satélite sobre a profundidade óptica dos aerossóis (uma medida da dispersão e absorção da luz visível por partículas na atmosfera) e modelos de transporte químico para construir perfis anuais de qualidade do ar de acordo com países e regiões.

Os especialistas destacaram que esta metodologia constitui um importante avanço na capacidade de acompanhar o progresso em direção aos indicadores relacionados à qualidade do ar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU e também expande a base de evidências sobre o impacto desse fator na saúde.

A OMS estima que mais de quatro milhões de mortes anualmente podem ser atribuídas à poluição, que geralmente é causada pelo uso ineficiente de energia em residências, indústria, desmatamento, transporte e atividade agricola, assim como centrais eléctricas a carvão.

Embora a poluição do ar afete todo o Globo, a Ásia é o continente com as maiores concentrações de ar poluido.

“Embora as políticas a longo prazo para reduzir a poluição do ar tenham-se mostrado eficazes em muitas regiões, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, ainda existem regiões que apresentam níveis perigosamente altos de poluição do ar, cerca de cinco vezes mais que as Diretrizes da OMS ”, disse Shaddick.





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