Ministra do Ambiente diz que investir em defesa não compromete ambições da transição energética



A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, rejeitou ontem que um reforço do investimento em defesa pelos países da União Europeia (UE) vá atrasar os objetivos traçados para a transição energética.

“A defesa pode ser um catalisador, a defesa é essencialmente tecnologia, e o que se desenvolve na tecnologia da defesa pode ser usado para muitas outras áreas. Muitas vezes coisas que são desenvolvidas pela defesa, depois têm aplicações civis muito importantes, seja na saúde, seja no digital, até na própria energia”, disse a ministra, em Bruxelas (Bélgica).

Maria da Graça Carvalho acrescentou que a UE poderia olhar para os Estados Unidos da América (EUA) para perceber “essa visão moderna de defesa”.

“Os EUA são muito bons em defesa porque têm as grandes universidades a trabalhar, a grande tecnologia, o saber, e é nesse sentido que depois é útil para todas as outras áreas”, completou.

A questão surgiu nos últimos dois anos, coincidindo com o início da invasão russa da Ucrânia. Vários Estados-membros reforçaram o investimento em defesa e praticamente todos anunciaram que iriam investir mais.

Em paralelo, a decisão foi criticada, em particular pelos partidos políticos que pertencem ao grupo político dos Verdes, que alertaram para os retrocessos ambientais decorrentes do investimento em equipamento e capacidades militares.





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