Ministros europeus dos Negócios Estrangeiros reúnem-se para discutir alterações climáticas
O Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 membros da UE reuniram-se hoje em Bruxelas com a diplomacia climática internacional no topo da agenda.
Durante a reunião, o conselho sublinhou a urgência de aumentar a ambição global de combater as alterações climáticas, reforçar o multilateralismo e a implementação efectiva do Acordo de Paris, assinado em 2015. Aplaudiram o resultado da conferência do clima da ONU (COP24), realizada em dezembro passado em Katowice, Polónia, onde os países adotaram um conjunto de regras e diretrizes para fazer o acordo global funcionar na prática.
EU foreign affairs ministers welcome Commission’s strategic long-term vision for a climate neutral Europe & call for urgent and decisive action to strengthen global response on #climatechange ?#EU2050 #ClimateNeutralEU #United4Climate #ClimateDiplo https://t.co/Rmy0pYOzk1 pic.twitter.com/kL1YTG29NF
— EU Climate Action (@EUClimateAction) 18 de fevereiro de 2019
“As alterações climáticas são uma ameaça direta e existencial, que não poupará nenhum país”, alerta a declaração da União Europeia, que sublinha que os seus impactos já são sentidos em todo o mundo. “Ainda assim, a ação para conter isso continua a ser insuficiente”, acrescenta, convocando todos os países a “unirem-se no sentido de aumentarem as ambições”.
Guterres já entrou em contato com alguns líderes do G20 para incentivá-los a aumentar essa ambição. Espera-se que países como a China e o Canadá sigam o apelo, aumentando a pressão sobre os EUA, que decidiram retirar-se do Acordo de Paris de 2015.
A declaração dos ministros das Relações Exteriores da UE faz repetidas referências ao último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que pela primeira vez traçou caminhos para limitar o aumento global da temperatura a 1,5ºC, em linha com o objetivo mais duro da Acordo de Paris.
“Não nos estamos a ser suficientemente rápidos para evitar uma interrupção climática irreversível e catastrófica. Neste contexto, é uma questão de extrema urgência fortalecer a resposta global à ameaça da mudança climática ”, diz a declaração.