Moçambique: a primeira fábrica de bio-etanol para cozinhar de África abriu esta semana
Na quinta-feira, a província de Dondo, Moçambique, assistiu à inauguração da primeira fábrica de bio-etanol – para cozinhar – de África, um marca no desenvolvimento sustentável daquele País e de todo um continente.
Segundo informa o Inhabitat, a fábrica resulta de uma parceria entre a Novozymes e a CleanStar Moçambique – NDZiLO – e vai entregar biocombustível mais barato, seguro e ecologicamente limpo para as famílias moçambicanas cozinharem. Este biocombustível vai substituir o carvão vegetal.
Na sua máxima capacidade, a fábrica irá produzir 30 mil litros de etanol por semana, que serão depois transportados do Dondo para a vizinha Maputo.
O bio-etanol será feito a partir de mandioca, o alimento mais comum da região. Para tal, cerca de 1.500 agricultores vão participar no programa, que irá utilizar a permacultura.
Por cada cultura de mandioca que crescer para transformar em bio-etanol, terão de ser reservadas outras para crescerem legumes e cereais. Os terrenos terão também de ser rodeados de agro-florestas, para prevenir escoamentos de água e terra na superfície – e sombra para reduzir a necessidade de irrigação.
O preço do carvão vegetal triplicou, em Moçambique, nos últimos três anos. Como consequência, aumentou a desflorestação, uma vez que muitos cidadão cortam árvores indiscriminadamente para produzir carvão vegetal.
Por agora, a fábrica funciona apenas a 25% da sua capacidade, uma vez que a promotora do projecto ainda está a reforçar a sua equipa de marketing e vendas. Por outro lado, foram já vendidos 500 fornos e outros 2200 encomendados.