Moçambique escolhe Eletricidade de França para liderar mega-projeto hidroelétrico



O Ministério dos Recursos Minerais e Energia anunciou hoje um consórcio liderado pela Eletricidade de França e que integra a Total como “concorrente preferencial” para o projeto hidroelétrico de Mphanda Nkuwa, orçado em 4,5 mil milhões de dólares.

“Caso consigamos concluir com sucesso o acordo de implementação, o parceiro terá a responsabilidade de elevar a garantia do concurso de 10 milhões de dólares (nove milhões de euros) para 15 milhões de dólares (13 milhões de euros) […] O parceiro estratégico terá de assegurar 40 milhões de dólares (37 milhões de euros) de custo de desenvolvimento e entre 500 milhões (465 milhões de euros) e 700 milhões de dólares (651 milhões de euros) de capital próprio para construção”, declarou Carlos Yum, diretor do projeto, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

A infraestrutura, que vai incluir o desenvolvimento de uma barragem e uma linha de transporte de energia entre Tete e Maputo, está orçada num valor entre 4,5 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros), com capacidade para produzir 1.500 megawatts, fazendo de Mphanda Nkuwa a segunda maior hidroelétrica do país, depois da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), que gera 2.070 megawatts.

Um total de sete entidades, incluindo uma subsidiária da portuguesa Mota-Engil, foram avaliadas por técnicos de um comité composto por quadros dos ministérios dos Recursos Minerais e Energia, Economia e Finanças, Terra e Ambiente e do Trabalho, bem como o Banco de Moçambique, HCB e Eletricidade de Moçambique.

“O processo de seleção baseou-se em critérios de capacidade técnica, robustez financeira e experiência comprovada em projetos similares, que adotem também medidas de mitigação das alterações climáticas”, acrescentou Carlos Yum.

A EDM e Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), como representantes de Moçambique, têm garantidos 30% de participação do projeto.

Os restantes 70 % serão do consórcio, liderado pela Eletricidade de França.

Além do “concorrente preferencial”, o governo moçambicano indicou um outro consórcio liderado pela ETC Holdings, e que incluiu uma subsidiária da Mota-Engil, como “concorrente de reserva”.

Com Mphanda Nkuwa e HCB somadas a outros empreendimentos de produção de energia a funcionar em pleno, Moçambique espera alcançar o objetivo de acesso universal à energia e responder ao crescente défice energético que assola a África Austral.

“O projeto será a opção de menor custo de geração de energia. Irá posicionar Moçambique como polo energético regional”, frisou o Ministério dos Recursos Minerais e Energia.





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