Monstro marinho com 248 milhões de anos é o elo que faltava para compreender evolução do ictiossauro



O fóssil de um ictiossauro anfíbio descoberto na China tem levado os cientistas a acreditar que estão perto de descobrir a peça que falta num mistério que tem décadas: há muito que os investigadores sabem que o ictiossauro – um monstro marinho parecido com o golfinho que viveu há 250 e 90 milhões de anos – descende de répteis similares que viviam na Terra. Mas não existia nenhum fóssil que demonstrasse essa transição. Até agora.

“Acabámos de descobrir um fóssil que demonstra essa transição”, explicou ao National Geographic Ryosuke Motani, professor do Departamento de Terra e Ciências Planetárias da Universidade da Califórnia. “Não há nada que evitasse que [este ictiossauro] pudesse vir para terra”, continuou.

Motani e os colegas descobriram o fóssil, com 248 milhões de anos, na província de Anhui, na China. O fóssil mede 40 centímetros e mostra um animal com barbatanas grandes e flexíveis, que lhe permitia andar.

Os ictiossauros acabaram por se adaptar à vida aquática, mas perderam as barbatanas. “Há mais antepassados [do ictiossauro] para serem descobertos”, explicou Valentin Fischer. paleontólogo de vertebrados da Universidade de Liège, na Bélgica. A descoberta foi publicada na revista Nature.

Foto: Stefano Broccoli / Universidade de Milão





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