Estado norte-americano quer legalizar o consumo de animais atropelados



Veados, antílopes e alces – se os habitantes de Montana, nos Estados Unidos, atropelarem algum destes animais, vão poder utilizá-lo para comer. Segundo os apoiantes da medida, não faz sentido deixar ir para o lixo carcaças que podem revelar-se uma boa fonte de alimento.

“É realmente um pecado desperdiçar uma boa carne”, disse o senador estadual Larry Jent. A medida prevê que oficiais encarregues da aplicação da lei emitam licenças a indivíduos que serão autorizados a retirar as carcaças das estradas.

Os opositores da proposta questionam se a carne seria realmente segura para consumo e a criação de problemas de responsabilidade civil para os bancos alimentares que a aceitem.

Além disso, coloca-se a dúvida de como podem os animais vítimas de atropelamento ser usados para alimentação quando a indústria de gado é obrigada a seguir rigorosos regulamentos federais. Já para não falar da oportunidade que se está a dar aos caçadores de entrarem em acção.

Montana não é, contudo, o único estado a considerar o aproveitamento das vítimas de atropelamentos. Illinois já autoriza quem tenha uma licença a remover carcaças das estradas para o uso das peles e também para a recuperação da carne.

A Alaska Fish and Wildlife Protection Troopers leva a cabo um programa que aproveita aproximadamente 820 carcaças de alce para abastecer instituições de caridade, como igrejas e organizações sem fins lucrativos, que cozinham a carne e a servem a pessoas com carências.

A aprovação da medida em Montana, apoiada pelo Senado, depende agora da votação final do governador Steve Bullock. Se for aprovada, será regulada a forma que dita como um animal atropelado poderá de facto ser usado.

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