Morreu um dos últimos rinocerontes brancos do norte



Morreu este domingo no Jardim Zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, um dos últimos rinocerontes brancos do norte. O rinoceronte, conhecido por Angalifu, era um dos últimos machos da subespécie e tinha 44 anos. Angalifu foi levado de um parque no Sudão para o zoo em 1990.

“A morte de Angalifu é uma perda tremenda para todos nós”, afirma o curador do zoo de San Diego, Randy Rieches, em comunicado. “Não só porque era amado por todos no parque mas porque a sua morte coloca esta espécie fabulosa mais perto da extinção”, cita o Inhabitat.

Com a partida de Angalifu restam agora cinco exemplares destes rinocerontes. Existe um outro rinoceronte no zoo de San Diego – uma fêmea -, outro num zoo da República Checa e três que vivem numa reserva protegida no Quénia. Já em Outubro deste ano tinha morrido um outro macho da subespécie, Suny de 34 anos.

O rinoceronte branco do norte é geneticamente diferente do rinoceronte branco do sul. As duas subespécies são da mesma cor mas com características particulares. “Não se sabe bem ao certo porque é que este rinoceronte começou a ser chamado de ‘branco’. Uma das histórias diz que os primeiros Boers a instalarem-se na África do Sul lhe chamavam ‘wijde’, que em neerlandês é ‘largo’, e pode ser uma referência ao grande lábio do animal ou ao seu tamanho. A grande boca do rinoceronte branco é optimizada para pastar. Já a boca mais estreita do rinoceronte negro é melhor para puxar folhas das árvores e arbustos”, lê-se no website do zoo californiano.

O rinoceronte branco do norte foi caçado durante muitas décadas pelos seus chifres. Agora que existe uma maior protecção de todas as subespécies de rinoceronte, os caçadores estão a utilizar helicópteros semelhantes aos de uso militar e equipamento de visão nocturna para caçaram os restantes rinocerontes. Apesar dos esforços internacionais para diminuir a caça e o comércio ilegal, os chifres de rinoceronte são tão lucrativos como a droga ou o ouro no mercado negro.

Actualmente, estão a ser feitos esforços no sentido de dar continuidade à espécie através de programas de fertilização in vitro. Nenhum dos restantes rinocerontes brancos do norte se consegue reproduzir naturalmente pelo que a salvação da subespécie passará sempre por técnicas de inseminação artificial e fertilização in vitro. Até recentemente, os rinocerontes brancos do sul estavam também à beira da extinção mas os esforços conservacionistas foram bem-sucedidos e a subespécie está a recuperar, pelo que também pode existir uma luz ao fundo do túnel para o parente do norte.

Foto: helenehoffman / Creative Commons





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