Municípios da AMP vão testar novas soluções de rega em espaços verdes públicos



Os 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) vão realizar um projeto-piloto que testará novos mecanismos de rega em espaços verdes públicos, para garantir consumos de água mais eficientes em termos económicos e ambientais.

Os protocolos com cada autarquia desse território já começaram a ser assinados e, segundo revelou a primeira secretária da comissão executiva da AMP, Ariana Pinho, a implementação dos vários projetos em causa decorre ao abrigo de uma colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que suporta parte dos 255.000 euros da componente financeira a distribuir pelos 17 concelhos.

“O objetivo é minimizar o desperdício de água e otimizar a gestão do seu uso nos jardins e espaços verdes públicos, sendo o financiamento destes projetos suportado pela AMP no valor de 15.000 euros e por cada município no montante de 5.000”, declarou a responsável à Lusa.

O vice-presidente da AMP e também presidente da Câmara de São João da Madeira, Jorge Sequeira, já assinou o protocolo relativo ao seu concelho, numa decisão que mereceu a unanimidade do executivo autárquico, que tem maioria socialista e integra vereação do PSD e CDS-PP.

“Pensar em soluções novas para reduzir o consumo de água é uma prioridade face às alterações climáticas e aos efeitos que essas já têm causado em Portugal, dada a seca extrema que o país atravessa”, disse o autarca.

Nessa perspetiva, “a gestão racional da água tem mesmo que ser encarada como uma questão de sobrevivência” e Jorge Sequeira acrescentou: “não temos alternativa à água e devemos agir em todas as frentes”.

Os protocolos com cada município especificam que o objetivo do projeto-piloto é “testar a execução de uma solução tecnológica de rega nos espaços verdes públicos, de modo a adquirir experiência técnica e operacional, e verificar a viabilidade de aplicação futura noutras áreas municipais”.

Isso passará, em concreto, por substituir ou modernizar sistemas de rega tradicionais por outros de menor consumo, e por abastecer esses mesmos sistemas com água da chuva ou água residual já tratada. Os municípios podem ainda propor outros mecanismos para o período da experiência, desde que visem o mesmo objetivo de um consumo mais eficiente.

O prazo de execução do projeto-piloto pode variar consoante as necessidades de cada autarquia, mas, para atribuição do financiamento determinado por AMP e APA, a iniciativa implicará sempre um relatório final que detalhe os impactes do projeto, referindo a área geográfica abrangida pelas novas soluções, a redução observada no consumo de metros cúbicos de água e a eficiência gerada no consumo elétrico associado aos tempos de irrigação, assim como outros eventuais benefícios ambientais, sociais ou económicos.





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