Músico israelita cria cadeira de rodas que pode subir escadas
A startup israelita ZAE ajudou o músico Ilan Aviv a desenhar e produzir um mecanismo, denominado Step-up – “passo acima”, na tradução possível para português – que permite aos cidadãos que necessitem de cadeira de rodas subir escadas. Segundo o Collectively, o objectivo desta característica é melhorar a qualidade de vida destes cidadãos e eliminar a necessidade de inclusão de rampa para deficientes nos futuros edifícios e estruturas.
Segundo o Globes, o mecanismo foi desenvolvido a partir de uma ideia de Ilan Aviv, que, sem qualquer experiência em aparelhos médicos ou no sector das startup, decidiu tentar ajudar a sua sogra a subir escadas de cadeira de rodas. “Sempre tive muitas ideias. E casei com uma mulher que amo, conheci os seus pais deficientes e apaixonei-me também por eles”, explicou o israelita.
Depois de pensar na ideia, Ilan levou-a à ZAE, com mais de 25 anos de experiência a desenvolver aparelhos médicos. A ZAE já tinha várias soluções de cadeiras de rodas low cost para o terceiro mundo e viu o potencial deste novo produto.
“Eles ensinaram-me tudo sobre desenvolvimento de produto e, quando vi finalmente o protótipo a trabalhar, sabia que era exactamente aquilo que queria”, explicou o inovador.
O Step-up é, basicamente, um par de arcos que se colocam na cadeira de rodas elétricas sem aumentar a sua largura, peso ou capacidade de virar. Quando o cidadão chega a uma escada ou passeio, os arcos estendem-se, com as rodas frontais, no degrau, ficando as rodas traseiras paradas e deixando a cadeira no ar – suspensa pelos arcos.
Depois, os arcos da roda traseira começam a puxar para a frente e a cadeira de rodas – ainda no ar – começa a estabilizar-se. Mais tarde, os arcos e a cadeira de rodas voltam à sua posição original.
O sistema inclui vários sensores que evitam a conclusão prematura do balanceamento, antes de a cadeira estar estável. Para além de ajudar os cidadãos deficientes a subir um passeio o degrau-único, o aparelho permite uma entrada sem ajuda no autocarro.
Com um custo estimado entre €1.300 e €1.800, a inovação ainda não foi comercializada, uma vez que a ZAE e Aviv continuam a tentar garantir financiamento, a certificação do produto e um parceiro de marketing para a dar a conhecer.
O mais difícil, no entanto, estará feito: o desenvolvimento de produto. Mais uma inovação israelita para o mercado dos produtos médicos, um sector que, só naquele país, terá cerca de 700 start-ups especializadas, segundo o The Jerusalem Post.
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