Não deitem fora esses vegetais!
O que fazer com todos os restos de vegetais, cascas, caules, etc que não utilizamos? Felizmente a tendência começa a ser a de considerar tudo como comida e, portanto, para aproveitar e não deitar fora. No negócio da restauração esta ideia ganhou forma há alguns anos, com vários chefs a promoverem o movimento “Do nariz à cauda”, ou seja, todas as partes de um animal deveriam ser utilizadas, e não apenas os chamados cortes nobres. Foi um desafio para os chefs conseguirem criar refeições deliciosas e convencer muitos dos seus clientes a aderir. Continua a ser um desafio, mas a “moda” já pegou. Agora, esse mesmo princípio chegou finalmente aos vegetais.
Na vanguarda está o maior distribuidor de verdes da grande Nova Iorque, que todas as semanas prepara, lava e embala praticamente 500 toneladas de frutas e vegetais. Como consequência, enviava também, todas as semanas, 70 mil quilos de “restos” para o aterro sanitário.
“O desperdício era incrível,” recorda Thomas McQuillan um dos responsáveis da Baldur. “Foi então que pensámos: ‘mas isto é comida. Temos de trata isto como comida’.” Montaram então um plano de redução de desperdício. Assim, os restos de vegetais são aproveitados pelos chefs, que os podem utilizar com alguma criatividade em saladas ou, pelo menos, caldos e molhos. Os restos de fruta oferecidos às companhias de sumos, já que são perfeitamente aproveitáveis para essa finalidade. Tudo aquilo que não pode já ser aproveitado para consumo humano é processado e transformado em alimento para animais, 100% veggie e natural. Tudo o resto, por exemplo o que caiu ao chão ou que já chegou podre, é agora processado numa nova trituradora gigante, pelo que pode “seguir pelo cano” sem qualquer risco. E assim passaram de 70 mil quilos de lixo para zero. Repetimos 0!
Foto Creative Commos