NASA quer transformar dióxido de carbono em açúcar



Em Marte existe uma grande abundância de dióxido de carbono (CO2). Tendo como ponto de partida o facto de algumas plantas em Terra transformarem CO2 em açúcares para obter energia, a NASA decidiu procurar ajuda para aprender a fazer esta conversão. Esta teria uma grande utilidade para os profissionais, que poderiam produzir coisas como plásticos, combustíveis, remédios e alimentos.

Surgiu assim o NASA CO2 Conversion Challenge, uma competição onde a Administração concedeu um financiamento de 750 mil dólares (cerca de 679 mil euros) a projetos que conseguissem atingir este objetivo. Destacaram-se três equipas que demonstraram potencial para desenvolver esta solução, a Air Company, de Brooklyn, a Hago Energetics de Thousand Oaks, e a SSwEET da Universidade da Califórnia em Berkeley.

“O CO2 Conversion Challenge começou em 2018 para incentivar o público a recriar um processo invisível que as plantas fazem regularmente num sistema não biológico. Apesar de muitos obstáculos, três equipas desenvolveram tecnologias benéficas que podem permitir aos humanos criar produtos valiosos no ambiente marciano”, afirma Monsi Roman, coordenador da Centennial Challenges.

Como explica a NASA, a Air Company combinou o CO2 com hidrogénio para produzir metanol, e após a remoção do hidrogénio, foi gerado formaldeído, que originou a D-glicose. No modelo da Hago Energetics, foi utilizada eletricidade para dividir água em hidrogénio e oxigénio. A combinação do CO2 com o hidrogénio levou à criação de metanol, que por fim, através de reações químicas, levou à criação da D-glicose. Já o sistema da SSwEET revelou que quando o CO2 é decomposto por energia elétrica gera o glicolaldeído, um composto que autocataliza açúcares como a glicose.





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