Nasceu mais uma cratera gigantesca na Sibéria



De acordo com o jornal britânico The Independent, a cratera de grandes dimensões foi inicialmente avistada em julho por uma equipa de televisão que sobrevoava a zona no regresso de um trabalho na relacionado com o fenómeno.

Uma equipa de Cientistas do Centro Russo para o Desenvolvimento das Terras Árticas já fizeram saber que estão a estudar a cratera de “grandes dimensões”, que é fruto de uma erupção de gases que ocorre no meio da tundra de Yamal, no noroeste da Sibéria.

Os cientistas acreditam que a formação destas crateras está relacionada com a acumulação e subsequente explosão de gás metano – que pode ser consequência das altas temperaturas da tundra da Sibéria – mas admitem que ainda há muito por descobrir.
“Para já não há uma única teoria aceite sobre a formação deste fenómeno complexo. É possível que se tenham desenvolvido durante vários anos, mas é difícil de estimar. Uma vez que as crateras geralmente aparecem em áreas desabitadas e em grande parte intocadas do Ártico, muitas vezes não há ninguém para as documentar”, explicou à CNN o principal investigador, Evgeny Chuvilin.

“Mesmo atualmente, as crateras são geralmente encontradas por acidente durante voos de helicóptero, pastores ou caçadores”, disse. Os investigadores explicam que o metano se acumula numa camada de solo que nunca congela e que atua como uma “armadilha”. Quando o gás é libertado, deforma o gelo e a terra, formando um “monte”. Com o calor no verão, esses “montes” explodem, criando as crateras gigantes.

Ao mesmo tempo, as temperaturas recorde registadas durante este verão na Sibéria estão a produzir uma expansão a uma velocidade sem precedentes da Depressão de Batagaika, mundialmente conhecida como o “portão para o submundo”.

A cratera de Batagaika no Este siberiano da república de Sakha foi formada nos anos sessenta depois de o estado ter ordenado o corte da floresta que a rodeava. A ausência da biosfera fez com que a terra se “afundasse”.

Atualmente a maior depressão do mundo, com um quilómetro de largura e 100 metros de profundidade, a cratera continua a crescer e a expandir-se devido ao aquecimento global e ao derretimento do solo permanentemente congelado da região.





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