Noruega pagou €885 milhões ao Brasil pela redução da desflorestação



Em 2008, quando a Amazónia estava perante uma das mais graves crises de desflorestação de sempre, a Noruega garantiu que ofereceria €885 milhões ao Brasil caso este país conseguisse atrasar a destruição desta floresta.

Nos últimos anos, foi excactamente isso que o Brasil fez: o país criou leis que reforçaram a protecção da Amazónia, promoveu esforços de educação e retraiu empréstimos às cidades daquela região, que ficaram sem dinheiro para promover a desflorestação.

Sete anos depois, os resultados estão à vista e o Brasil reduziu a taxa de destruição da floresta tropical em 75%. Segundo o Quartz, os agricultores e rancheiros brasileiros terão poupado cerca de 53.100 quilómetros quadrados de floresta, o equivalente a 14,3 milhões de estádios de futebol.

Esta semana, o Governo norueguês aplaudiu estes resultados e garantiu que irá pagar a última tranche desta promessa ainda em falta, no valor de €88 milhões, na cimeira do clima das Nações Unidas, que se realizará em Dezembro em Paris, França.

Os esforços brasileiros – e o cheque norueguês – resultaram naquela que terá sido o maior corte de emissões de dióxido de carbono do mundo, cerca de 3,2 mil milhões de toneladas. Seria o equivalente, por exemplo, a que os Estados Unidos retirassem todos os seus automóveis da estrada durante três anos.

Foto: David Evers / Creative Commons





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