Nou Parc: o arrojado projeto para transformar estádio do Barcelona numa zona verde



Na tentativa de criar mais espaços verdes em Barcelona, uma empresa de arquitetura local, a ON-A, tem um projeto bastante irreverente.

Transformar o estádio e as zonas envolventes em Nou Parc, um parque florestal de 26 hectares, é a proposta da ON-A. Este projeto cobre o estádio Camp Nou, assim como as instalações ao redor com um telhado verde ondulado, forte o suficiente para suportar uma floresta de árvores.

A ON-A estima que esta remodelação poderá produzir 15.000 kg de oxigênio por dia e absorver mais de 25.000 kg de dióxido de carbono.

Segundo os arquitetos, Camp Nou tem menos de 10% do seu terreno destinado a espaços verdes, o que resulta numa ilha de calor urbana. O campo do FC Barcelona é o maior estádio da Europa, e cria também uma divisão entre o bairro de Les Corts e a Área Universitária. Quando o estádio não está sendo a ser utilizado para eventos desportivos ou funções privadas, esta grande área fica normalmente sem utilização.

A proposta do Nou Parc visa trazer maior funcionalidade ao Camp Nou com um espaço verde e de lazer acessível ao público que não só conecte melhor os bairros próximos, mas também melhore a qualidade do ar urbano.

A proposta da ON-A inclui uma colaboração com a empresa de tecnologia Verdtical, uma parceria que permitiria ao telhado verde ondulante que cobre os edifícios ser controlado por sensores e inteligência artificial capazes de minimizar o consumo de água. A água da chuva também seria coletada e armazenada em dois lagos no local para irrigação do parque.

“Renaturar cidades e ganhar espaços de qualidade para os cidadãos não é mais apenas uma ideia interessante, é uma necessidade”, disse Jordi Fernández, co-fundador da ON-A Architecture.

“Temos consciência de que as cidades devem ser renaturalizadas e que o verde traz benefícios indiscutíveis para a saúde, mas a questão não é só verde, o debate gira em torno do azul também: a água. Não podemos ser verdes se isso implicar um uso excessivo de recursos. A tecnologia de controlo do consumo de água percorreu um longo caminho e permite-nos inovar e otimizar as áreas verdes nos espaços urbanos.”





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