Nova espécie de lémure redescoberta em Madagáscar aguarda confirmação genética

Uma nova espécie de lémure foi encontrada na floresta de Daraina, no nordeste de Madagáscar, em 1995, pelo primatólogo Russ Mittermeier.

Agora, década e meia depois, o investigador regressou à selva e pôde estudar o animal, aguardando-se a confirmação genética de uma possível nova espécie.

O perito, citado pelo jornal The Guardian, explicou que regressou em Outubro ao local onde, inicialmente, observou aquela espécie e, juntamente com a sua equipa, avistou o primata, através dos chamamentos. Recorrendo a um tranquilizante, os cientistas tiveram a oportunidade de colher sangue, que será agora estudado, a nível genético, para confirmar se realmente se trata de uma espécie diferente das outras quatro conhecidas até então.

“A genética vai contar a história a sério”, considerou o também presidente da organização Conservação Internacional (IC), explicando que a primeira vez que viu um Phenur na floresta de Madagáscar, no continente africano, ficou “surpreso”, uma vez que, segundo se sabia, ali não vivia qualquer espécie conhecida de lémure. «Soube imediatamente que, provavelmente, era uma nova espécie para a ciência», recordou o biólogo.

“Um grande número de espécies de lémures tem sido descrito nas últimas décadas e acho que a preocupação com a validade de algumas dessas espécies tem razão de ser”, afirmou, por sua vez, a primatóloga Linn Groeneveld, do Instituto Max Planck, na Alemanha. “Acho que se deve utilizar uma avaliação integrada, para delimitar a espécie”, defendeu, céptica com a descoberta.

Segundo Mittermeier, este indivíduo, agora encontrado em Madagáscar, tem um padrão diferente e faz um movimento de cabeça que não é observado nas outras espécies do mamífero. Os lémures são conhecidos pelas marcas características que têm, o tamanho dos seus membros e a língua comprida, que serve para aceder ao néctar das flores.

Leia mais no site da Conservação Internacional. E veja as fotos da nova espécie agora descoberta.