Nova forma de pastoreio evita propagação dos incêndios (com VÍDEO)
Em Vila Pouca de Aguiar, há um projecto de prevenção de incêndios que recorre a cabras para controlar a vegetação. O sistema não tem nada de inovador, é certo, mas foi agora redescoberto numa altura onde, ironicamente, há cada vez menos cabras.
“Antigamente não havia tantos incêndios porque, numa aldeia como a nossa, todas as casas tinham rebanhos. Nada ardia. O gado e as cabras limpavam os terrenos”, explicou ao Economia Verde o pastor Francisco Carocha.
Francisco segue hoje, à risca, as regras de uma nova forma de pastoreio, explicada por Henrique Pereira dos Santos, gestor de um projecto de pastoreio dirigido.
“No pastoreio tradicional há uma zona limitada que é pastoreada de forma constante ao longo do ano, com encabeçamentos de uma cabra e meia por hectare. [O pastoreio dirigido] pode ter umas 800 cabras por hectare, mas por um período de três ou quatro dias”, revelou o gestor.
Com esta nova forma de pastoreio, o solo fica fertilizado com os excrementos dos animais e a vegetação rebenta com mais força. O objectivo é criar muitas zonas destas, que funcionem como um tampão e permitem o controlo da propagação das chamas.
Veja o episódio 121 do Economia Verde.