Nova Iorque: antiga loja Gucci é convertida em sinagoga judaica moderna

Dovi Scheiner e a sua esposa Esty ambicionavam criar em Nova Iorque um espaço onde as tradições religiosas se misturassem na perfeição com a estética moderna da cidade. O resultado é uma bela sinagoga, apta a receber serviços tradicionais e eventos especiais, destinada à comunidade judaica local.

A recém-inaugurada Soho Synagogue foi projectada pelo famoso arquitecto e designer Dror Benshetrit. Localizada numa antiga loja da Gucci, na requintada Crosby Street, a nova sinagoga é o local de culto espiritual ideal para uma nova geração judaica. A estrutura já foi apelidada de “sinagoga hipster”, pois reflecte os costumes e as tradições judaicas, ao mesmo tempo que revela uma cultura urbana moderna.

No interior, os visitantes são recebidos numa longa e estreita área de recepção, onde uma parede com tijolos decorativos azuis e a decoração do tecto jogam com o duplo sentido inerente à concepção. Justamente no tecto, caminhos convergentes parecem corresponder a um mapa moderno do metropolitano.

A área de recepção leva a uma pequena escada de aço e vidro com vista para a sala de oração, onde lâmpadas LED proporcionam um brilho suave e aconchegante. Aí, os elementos do espaço podem ser adaptados e movidos à vontade – as obras de arte nas paredes consistem em painéis que podem ser transformados em mais mesas e cadeiras. Os sofás de veludo podem funcionar como bancos de oração ou assentos em eventos.

O foco principal da sala é uma arca de Torah, bonita mas muito pouco tradicional, posicionada no centro do espaço. A arca tem uma forma redonda invulgar feita de círculos sobrepostos que se abrem e fecham – cada um ocupa um dos triângulos que formam a estrela de David.

Segundo o Inhabitat, o estilista Yigal Azrouel foi o responsável pela escolha e aplicação do tecido existente nesta peça.

As paredes da sala de oração exibem os tijolos da construção, dando ao espaço um aspecto cru e industrial. Ao reutilizar elementos arquitectónicos originais, o local torna-se numa homenagem à história do edifício e aos seus elementos originais.