Nova Iorque já não vai ter parque flutuante



O designer e arquitecto britânico Thomas Heatherwick tem estado em destaque nos últimos tempos, mas não pelos melhores motivos. Depois do seu dispendioso projecto para construir uma ponte-pedonal-arborizada em Londres, a Garden Bridge, ter sido vetado pelo mayor da cidade, Sadiq Kahn, que alegou ser “desperdício de dinheiro público”, agora foi anunciado que o Pier 55, um arrojado e mediático parque flutuante em Nova Iorque, vai ser abandonado.

Depois de inúmeros processo judiciais, o projecto, financiado pela designer Diane von Furstenberg e seu marido, o multimilionário Barry Diller, enfrentou problemas de licenciamento e inúmeros atrasos que levaram a imensos desvios orçamentais. “Por causa dos enormes custos crescentes e do facto de ter sido uma controvérsia contínua nos próximos três anos, decidi que já não era mais viável prosseguir”, disse Diller ao The New York Times.

Ancorado por uma série de palafitas em forma de pétalas que ficariam submersas, o Pier 55, projectado em parceria pelo Heatherwick Studio e pelo escritório de paisagismo Signe Nielsen, foi descrito pelo arquitecto como uma “ilha do tesouro”. Este cais-parque público seria construído a 56 metros da costa do rio Hudson e incluiria um anfiteatro para apresentações musicais e teatrais, funcionando como uma espécie de prolongamento da High Line, que também teve o casal Diller-von Furstenberg como maiores doadores.

A associação The City Club of New York e alguns activistas sempre se opuseram ao projecto, alegando que a estrutura não era adequada e que colocava em risco o estuário protegido do Hudson, nunca tendo sido apresentados estudos de impacto ambiental.





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