Novo Aeroporto de Lisboa: Ativistas da Climáximo instam comissão técnica a “não cooperar com um crime climático”
Os ativistas do movimento climático português Climáximo pedem à comissão técnica independente criada para avaliar a localização do novo aeroporto de Lisboa que para “não cooperar com um crime climático”.
Em comunicado enviado às redações esta quinta-feira, os ambientalistas apelam ao pessoal envolvido na comissão independente para “desafiar a construção de um novo aeroporto, acusando-o de ser um crime face à crise climática”.
“Saiu recentemente um inquérito sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, em que não haver um novo aeroporto não é uma opção”, diz o movimento, salientando que “[e]m plena crise climática, onde nos dirigimos para metade da superfície do planeta se tornar inabitável, o debate público tem de ser obrigatoriamente sobre como diminuir o uso de aviação, e como chegar a zero emissões da aviação”.
E lamentam que “[e]ste plano não existe, e o mandato da Comissão Técnica está incompatível com o contexto em que este debate toma lugar” e que “[s]ó podemos interpretar um projeto de um novo aeroporto como abertamente genocida”.
Assim, a Climáximo acusa a comissão técnica independente de ser “negacionista da crise climática”, recordando que “[c]omo nos outros casos históricos, as pessoas têm sempre a opção de não colaborar com um crime contra a humanidade”.