Novo estudo aponta que 3 milhões de europeus passam frio em casa



Com a chegada do frio e do mau tempo, é muito vantajoso ter um aquecimento em casa. No entanto, de acordo com uma análise da Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC-CES), nem todos os europeus têm essa possibilidade: quase 3 milhões de trabalhadores que vivem com um baixo salário, não conseguem suportar o custo do aquecimento das suas casas.

Com o corrente aumento do preço da eletricidade na Europa, os cidadãos mais pobres não têm como recorrer a esta solução. Portugal é um dos países que sofrem com esta situação, sendo categorizado no estudo como o quarto país onde mais de 157 mil trabalhadores pobres não podem suportar os custos da energia para aquecimento. Observando os restantes países da lista, em primeiro lugar encontra-se o Chipre, com 45.6% dos trabalhadores, seguido da Bulgária com 42.8% e da Lituânia com 34.5%.

Como refere a ETUC-CES, esta situação agrava-se em 10 estados-membros, “que ao longo da última década viram os preços da eletricidade subir e que com os recentes aumentos se arriscam a que o número de trabalhadores em pobreza energética suba ainda mais”. São eles, a Croácia, Chipre, Lituânia, Eslováquia, Espanha, Itália, Irlanda, Países Baixos, Luxemburgo e Estónia.

Esther Lynch, Secretária-geral adjunta da ETUC-CES, afirma: “Há 3 milhões de trabalhadores com baixos salários na Europa que têm de escolher entre aquecer a sua casa ou, alimentar a sua família ou, pagar a sua renda de casa, isto apesar de terem um emprego a tempo inteiro. (…) Infelizmente, aumentar os preços da energia significa que mais pessoas enfrentarão a possibilidade de voltar de um longo dia de trabalho para uma casa gelada onde os filhos fazem os seus trabalhos de casa no frio.”

Os sindicatos apelam que o Parlamento Europeu proteja estes trabalhadores contra a pobreza energética, introduzindo um “tecto de dignidade” no projeto de diretiva sobre o salário mínimo, que assegure que o salário garante um padrão de vida digna e que nunca possa ser inferior ao salário mediano e 50% ao salário médio em qualquer Estado-membro.





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