Novo material magnético pode limpar microplásticos em uma hora



Os microplásticos tornaram-se um problema no nosso mundo atual em todos os aspetos. Encontram-se em quase todo o lado e foram rastreados nos nossos alimentos e na água. Para lidar com a ameaça, os cientistas estão a trabalhar 24 horas por dia para encontrar uma solução.

Segundo o “Inhabitat”, investigadores da Universidade de Surrey desenvolveram agora um peixe robô que pode extrair microplásticos da água e armazená-los na sua cavidade interna. O peixe move-se na água com a boca bem aberta, recolhendo microplásticos e armazenando-os.

De acordo com os investigadores por detrás da nova descoberta, isto é mais eficiente do que os métodos existentes de remoção de microplásticos. Nicky Eshtiaghi, investigador principal do estudo, explica que os métodos atuais podem levar dias a remover microplásticos da água.

Além disso, de acordo com Eshtiaghi e a sua equipa, criaram um método barato e sustentável de remoção de microplásticos da água.

A equipa também desenvolveu um adsorvente que pode remover microplásticos que são 1.000 vezes mais pequenos do que os detetáveis pelas estações de tratamento atualmente. O adsorvente tem a forma de pó e pode atuar muito mais rapidamente do que outros métodos, explica o site.

“A estrutura nano-pilar que concebemos para remover esta poluição, impossível de ver mas muito prejudicial para o ambiente, é reciclada dos resíduos e pode ser utilizada várias vezes”, disse Eshtiaghi, citado pelo “Inhabitat”.

O adsorvente foi feito a partir de nanomateriais que podem facilmente misturar-se na água. O material atrai plásticos e outros poluentes dissolvidos. Além disso, todo o processo demora apenas uma hora ou menos.

Eshtiaghi explica que os nanomateriais contêm ferro e que este desempenha um papel na ajuda à utilização de ímanes para separar os poluentes plásticos do resto do plástico.

Já Nasir Mahmood, co-líder da investigação, disse que o seu novo dispositivo contribui para a necessidade de manter a poluição por carbono fora de cena. Por outras palavras, o dispositivo não deixa mais danos para trás através da limpeza de microplásticos.

“O nosso aditivo em pó pode remover microplásticos que são 1.000 vezes menores do que aqueles que são atualmente detetáveis pelas estações de tratamento de águas residuais existentes”, sublinhou Mahmood, acrescentando que “esta é uma grande vitória para o ambiente e para a economia circular”.

Agora que acabaram de testar o material, a equipa procura de colaboradores industriais. Eles dizem que a tecnologia é suficientemente boa para ser comercializada. Poderia ser utilizada no tratamento de águas, entre outras aplicações.

 

 





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