Novo relatório do PNUMA aponta para pouco investimento em causas ambientais



O Relatório sobre a Lacuna de Adaptação 2020 do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – revela que 72% dos países adaptaram algum programa de adaptação à crise climática, no entanto, “o financiamento e a implementação é muito aquém do necessário”, aponta a ONU.

Embora estejam a ser criadas mais medidas para combater as alterações climáticas e as suas respetivas consequências, como cheias e secas, a organização revela que apenas 3% dos planos tem uma redução real dos riscos para as comunidades.

Atualmente, esta adaptação tem um custo de 57 mil milhões de euros (70 em dólares), mas espera-se que em 2050 o número possa chegar aos 412 mil milhões de euros (500 em dólares). Os dirigentes exigem um ritmo mais acelerado, de maneira a que se possa corresponder com eficiência à prevenção e ao combate de possíveis crises.

O relatório indica ainda que o foco deve estar em soluções aliadas à natureza, de maneira a proteger a biodiversidade e a beneficiar em simultâneo as nações. É o caso de plantação de árvores, criação de espaços verdes nas cidades e a aposta em infraestruturas eficientes.

O relatório coloca um foco especial em soluções baseadas na natureza enquanto opções de baixo custo que reduzem os riscos climáticos, restauram e protegem a biodiversidade e geram benefícios para as comunidades e economias.

Inger Andersen, Diretora Executiva do PNUMA, afirma “A dura verdade é que a mudança climática está à nossa porta. Os seus impactos irão intensificar-se e atingir de forma mais dura os países e as comunidades vulneráveis – mesmo se cumprirmos as metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global até 2°C ainda neste século, e se perseguirmos a meta de 1,5°C”.





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