Número de mortos pelo ciclone Chido em Moçambique sobe para 73

Um total de 73 pessoas morreram, uma está desaparecida e outras 543 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique, indicam dados atualizados hoje pelas autoridades moçambicanas.
O ciclone Chido afetou ainda 329.510 pessoas, o correspondente a 65.282 famílias, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte, e Tete e Sofala, no centro do país, refere-se no novo balanço do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.
Segundo as autoridades, o mau tempo destruiu, total e parcialmente, 52.476 casas, afetou 49 unidades hospitalares, 26 casas de culto, 11 torres de telecomunicação e 34 edifícios públicos.
Os dados atualizados apontam ainda para um total de 35.461 alunos, 443 professores, 561 salas de aula e 139 escolas afetados, além de 338 postes de energia tombados e 454 embarcações danificadas.
De acordo com o INGD, o ciclone tropical, que se formou em 05 de dezembro no sudoeste do oceano Indício, entrou no domingo pelo distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, “com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora” e chuvas fortes.
O ciclone tropical intenso Chido, de escala 3 (1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na noite de sábado para domingo, segundo o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE), mas enfraqueceu para tempestade tropical severa, apesar de ter continuado a fustigar as províncias a norte, com “chuvas muito fortes acima de 250 mm [milímetros]/24 horas, acompanhada de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes”.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.