O “8º continente” é uma plataforma flutuante que quer limpar o lixo no Pacífico



Existem sete continentes no mundo, mas a arquiteta eslovaca Lenka Petrakova deu agora vida a um oitavo. O “8º Continete” é o projeto vencedor do “Grande Prémio” de Arquitetura e Inovação para o Mar, do Concurso Internacional de Arquitetura da Fundação Jacques Rougerie.

Esta plataforma flutuante autossuficiente tem como objetivo ajudar a limpar o lixo marinho na Grande Ilha de Lixo do Pacífico, sendo esse o local onde se prevê que seja implementada. A ideia é que nas instalações exista um local de recolha dos resíduos que estão na água, um centro de reciclagem de plástico e ainda um centro de investigação para profissionais.

A Grande Ilha de Lixo do Pacífico é uma região no Oceano Pacífico, entre o Havai e a Califórnia, onde se juntou uma grande quantidade de lixo. Em 2018 estimava-se que a ilha tivesse uma área de 1,6 milhões de quilómetros quadrados e 80 mil toneladas de lixo acumulado, segundo a organização The Ocean Cleanup.

O “8º continente” consiste em cinco partes principais, como descreve a designer: “uma barreira que serve para recolher resíduos e obter energia das marés”, “o coletor, onde os resíduos são separados, biodegradados e armazenados”, o “Centro de Investigação e Educação para estudar e mostrar o lado cada vez mais problemático dos ambientes aquáticos”, as “estufas onde as plantas são cultivadas e a água é dessalinizada”, e “alojamento com instalações de apoio”.

“O projeto usa a ciência e o conhecimento marinho para mostrar o lado cada vez mais preocupante dos ambientes marinhos, não como um fenómeno novo, mas como resultado de séculos de interações entre os humanos e os oceanos”, explica na sua página.

© Lenka Petrakova




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