O alemão que gosta de fotografar desastres aéreos (com FOTOS)
Dietmar Eckell começou, como amador, a fotografar linhas de comboio desactivadas, carros velhos e edifícios abandonados. Numa certa altura da sua vida, ele passava mais tempo a fotografar do que no seu emprego normal, e este período culminou com um acidente aéreo: ele colidiu contra um parapente ao fazer algumas fotos aéreos.
Segundo o Vice, esse momento deu a Eckell uma ideia a que ele dedicaria os seus próximos projectos – e teve bastante tempo para a amadurecer, uma vez que partiu a perna no incidente: procurar locais onde ocorreram desastres aéreos e fotografar toda a cena que fica para trás, anos após a tragédia.
Depois de alguma pesquisa, Eckell descobriu que há dezenas de locais de acidentes aéreos remotos no mundo. Então, em 2010, ele largou o emprego e começou a fotografar aviões acidentados por todo o mundo, sendo que todos têm algo em comum: nenhum passageiro ou tripulação faleceu.
À Vice, Eckell explicou que tinha regressado de uma sessão fotográfica na Austrália, para captar um C-53 que caiu em 1942 – e permanecia no local. Estava a meio caminho de fotografar outros dois aviões japoneses, desaparecidos na Segunda Guerra Mundial, os dois sem qualquer morte associada. “Nunca irei tirar a foto de um caixão”, explicou à Vice.
Para nós, o mais extraordinário da profissão de Eckell é perceber que há dezenas ou centenas de aviões que, tendo caído há 20, 50 ou 70 anos, nunca foram procurados ou retirados do local. Muitos deles começam já a ser incorporados na vegetação.
Denominada Happy End – “Final Feliz”, em português – esta série de fotografias foi recentemente exposta em Berlim, cidade onde Eckell vive durante metade do ano. Descubra algumas das fotos.
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