O comércio ilegal de pangolins nunca antes visto (com FOTOS)



O pangolim é um raro e pequeno animal – aproximadamente do tamanho de um gato doméstico – de aspecto bizarro que vive nas zonas tropicais da Ásia e de África. O nome “pangolim” provém da palavra malaia “pangulang”, que significa “animal que se enrola”.

Maioritariamente nocturno, este animal – tal como os ouriços-caixeiros – enrola-se quando fica assustado. O pangolim não possui a graciosidade de um tigre ou a força bruta de um rinoceronte mas, tal como estes animais, faz parte da lista de espécies que são comercializadas no mercado negro internacional.

Embora seja um animal protegido internacionalmente, os níveis de conservação do pangolim são extremamente baixos e as populações têm vindo a diminuir drasticamente ao longo dos anos. Estes animais são caçados pelas suas escamas, que são utilizadas na medicina tradicional chinesa, pela sua carne – muito apreciada no sul da Ásia – e pelo seu sangue, que é encarado como um tónico com propriedades medicinais.

Um dos grandes centros do comércio ilegal deste animal é a ilha de Sumatra, na Indonésia, onde a partir daqui são distribuídos para a restante Ásia – quer seja vivos, mortos e congelados, quer apenas as escamas.

No passado mês de Abril, uma operação conjunta, entre o Governo indonésio, polícia, e a Wildlife Conservation Society, permitiu apreender um carregamento ilegal de pangolins em Medan, a maior cidade da ilha de Sumatra.

Dentro dos contentores apreendidos no porto de Medan havia várias jaulas com cerca de 96 pangolins vivos, vários congeladores com cerca de cinco toneladas de pangolins congelados, vários sacos com escamas dos animais, num total de 77 quilos, estimadas em cerca de €1,6 milhões, escreve o Dodo.

Nos últimos anos, o preço dos pangolins no mercado negro tem vindo a aumentar exponencialmente, alimentado pela procura na China. Esta foi uma das maiores apreensões de sempre de pangolins comercializados ilegalmente. As autoridades estimam que o carregamento total valesse €1.273 milhões no mercado negro.

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