O ESG veio para ficar



Por Bárbara Barroso, Fundadora do Moneylab

O termo economia verde entrou no nosso vocabulário nos últimos anos, trazendo também o tema da sustentabilidade para cima da mesa. Se, por um lado, havia quem considerasse que falar de sustentabilidade, impacto ambiental e bem-estar social pudessem apenas ficar num plano mais macroeconómico, quando olhamos para o mundo financeiro nos dias de hoje verificamos que estas preocupações estão a chegar de forma acelerada também aos investimentos.

Não será por isso de estranhar que agora seja recorrente a presença da sigla ESG.

Três letras que se referem a três critérios: Environment, Social, and Governance (ESG), ou seja, ambiental, social e de governação. Atualmente são cada vez mais as empresas que passam a ser avaliados de acordo com uma pontuação (score) relativamente aos critérios de ESG. Em termos resumidos, o critério de Environment (E) tem em consideração os impactos que as atividades das empresas causam no meio ambiente, como emissões de carbono, consumo de água, a utilização de energias renováveis, entre outros aspetos.

Já o critério Social (S) considera a responsabilidade social e tem em conta elementos relacionados com o capital humano, a segurança e saúde proporcionadas aos trabalhadores, entre outros pontos. No critério de Governance (G), incluem-se fatores que contribuem para a estabilidade do negócio, como a atuação em termos éticos, independência do conselho de administração, igualdade de género, entre outros indicadores.

Estes três critérios são cada vez mais importantes para os investidores decidirem se investem numa determinada empresa ou não. Quando investimos, e compramos ações de uma determinada empresa, estamos a tornar- nos sócios dessa empresa e a participar dos resultados do negócio. Atualmente, tanto pequenos investidores como institucionais, estão a considerar, cada vez mais, aplicar o seu capital em empresas que têm boas pontuações em termos de critérios ESG.

Aliás, já há muitos grandes investidores que começam a ter mandatos de investimento para só aplicarem capital nestas empresas, provando que a sustentabilidade pode ser rentável e apetecível. Se agora tudo é novidade, muito breve o ESG será um critério mainstream. Porque ao contrário do que se pensa, não é uma moda. O ESG veio mesmo para ficar.

Artigo de opinião publicado originalmente na revista Green Savers nº 3. Disponível na banca e em formato digital aqui.





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