O motor mais pequeno do mundo é 100 mil vezes mais fino do que um cabelo humano



Uma equipa de cientistas suíços desenvolveu o mais pequeno motor molecular do mundo, segundo um artigo científico publicado no dia 15 de junho na Proceedings of the National Academy of Sciences. O portal Europa Press explica que o motor é constituído por apenas 16 átomos, medindo menos de um nanómetro – ou seja, 100 mil vezes menos do que o diâmetro de um cabelo humano.

Os investigadores dos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais (Empa) e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) garantem que este instrumento pode ser alimentado tanto por energia térmica, como por energia elétrica. Estas características “aproximam-nos do último limite de tamanho para motores moleculares”, sublinha Oliver Gröning, chefe do Grupo de Pesquisa de Superfícies Funcionais da Empa.

Este motor molecular funciona de forma muito semelhante à sua contraparte no mundo macro: converte energia em movimento direcionado. Como um motor de grande escala, este instrumento de 16 átomos contém um estator e um rotor, ou seja, uma parte fixa e uma parte móvel. Segundo os cientistas, a energia elétrica é preferível, uma vez que o rotor gira na mesma direção e com uma estabilidade de 99%, tornando-o muito mais eficiente do que outros motores deste tipo desenvolvidos anteriormente.

A nano tecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir do mais pequeno, usando para isso as técnicas e ferramentas que estão a ser desenvolvidas na actualidade para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado. Tal como já aconteceu com a electricidade ou os computadores, no passado, a nano tecnologia melhorará (acredita-se que sim), em grande medida quase todos os sectores da vida diária.

Como tecnologia de objectivos gerais – como é chamada – teria múltiplas aplicações comerciais e também militares: seria possível produzir, por exemplo, armas e aparelhos de vigilância muito mais potentes. Daí que ao mesmo tempo que a nano tecnologia representa incríveis vantagens para a humanidade também acarreta graves riscos. A verdade é que se transformou numa das principais vertentes da pesquisa científica mundial e já tem aplicação num sem número de áreas, desde a indústria à saúde.





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