O programa Sociedade Civil, da RTP2, pode acabar



Um dos programas mais antigos e elogiados da televisão portuguesa, o Sociedade Civil, poderá estar perto do fim. Esta é a preocupação dos cerca de 120 parceiros do programa, que enviaram uma carta ao ministro que tutela a comunicação social, Miguel Relvas.

A carta, com um abaixo-assinado, é liderada pela Escola Superior de Educação João de Deus (ESEJD), um dos 120 parceiros do programa. “Queremos garantir que o programa vai continuar. Queremos ser pró-activos e, nesse sentido, lançámos um alerta”, explicou à Lusa António Ponces de Carvalho, director da ESEJD.

Esta preocupação tem como pano de fundo a cada vez maior possibilidade de privatização de um dos canais públicos, uma situação que poderia por em causa do Sociedade Civil.

O Sociedade Civil tem as suas raízes na iniciativa de várias associações e entidades, em 2004, numa altura que se discutia a eventual alienação da RTP2, um processo que acabou por não avançar.

Na altura, a RTP estabeleceu acordos de parceria com a sociedade civil, no sentido de participarem com os seus conhecimentos especializados em programas da RTP2. As parcerias foram crescendo em número e, em 2006, arrancou o programa Sociedade Civil.

Seis anos depois, o programa apresentado por Fernanda Freitas é um dos mais conhecidos e elogiados de toda a televisão portuguesa, tendo recebido já 14 prémios. Emitido em directo de segunda a sexta-feira, o Sociedade Civil dá tempo de antena a pessoas que se dedicam a melhorar a vida dos cidadãos.

Para além da entrevista e debate, o Sociedade Civil emite quatro peças jornalísticas por dia, trabalhos validados pela experiência e especialização dos parceiros. Conteúdos jornalísticos que têm nas comunidades, cidadania e inclusão social a sua grande força e que estarão hoje em perigo de sobrevivência, alertam os parceiros do programa.

E o leitor, é fã do Sociedade Civil? Como acha que pode ajudar o programa a manter-se na programação da RTP?





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